E como chegamos nesta situação? Bom, na última década do século XIX tivemos pela primeira vez a produção de comprimidos em larga escala, em seguida tivemos mais e mais medicamentos sendo produzidos em escala e colocados em embalagens prontas para a venda.

Gradativamente, as farmácias começaram a ser abastecidas por produtos prontos, mas foi no período da 2ª Grande Guerra (1939 a 1945) que a nossa história farmacêutica viveria uma grande mudança no Brasil, pois neste período o recebimento dos medicamentos industrializados ficou comprometido.

Este cenário proporcionou o surgimento de diversos laboratórios brasileiros e, com isso vivemos o ‘boom’ do medicamento industrializado. Até aí, nós tínhamos um papel claro e muito bem definido, nós fazíamos os medicamentos, estávamos muito próximos das pessoas, fazendo as suas doses e observando os seus resultados na saúde.

A partir desse momento, o trabalho era ‘só entregar a caixa’ e pra isso, qualquer pessoa bem orientada e treinada podia fazer. Isso fez com que nós, Farmacêuticos, deixássemos o nosso principal local de trabalho, foi quando saímos da Drogaria e começamos a fase do ‘assinar pela Farmácia’.

Exatamente neste momento, pós 2ª Guerra, por mais de 30 anos ficamos fora da Drogaria. O nosso retorno efetivo começou a acontecer em meados da década de 90, devido principalmente à Lei 5991/73 que obriga a presença do Farmacêutico em todo o horário de funcionamento, mas que até então não era aplicada na prática.

O resultado disso? Bom, você já sabe, temos uma geração inteira de escuridão, o que nos tirou um dos principais efeitos de excelência, a referência. Atuamos no Varejo do melhor jeito possível, pois não temos referência do que é extraordinário! Por isso, o extraordinário precisa ser você!